sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Uma redação imprópria para menores



Redação muito criativa de uma aluna da UFPE...


Mas... imprópria pra menores...

'Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise,e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edificio. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.'

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Espiritualidade, dúvidas e o Natal

Rosilene G. Ribeiro

Com o passar do tempo nossa visão de mundo e das pessoas vai alterando-se. Isso devido ao contato com uma diversidade cada vez maior de lugares e pessoas em inusitadas ou comuns situações. Alguns de nós temos o privilégio de ter transitado em meios bem distintos entre si. Podem ser cidades diferentes ou espaços desiguais dentro de uma mesma cidade. Em se tratando do Brasil, pode-se perfeitamente ter a impressão de mudança de cidade dentro de uma mesma cidade, ou de país dentro do mesmo país. Enfim, nossa maturidade só é possível graças a experiências com o novo, o diferente. Em relação à espiritualidade o mesmo princípio é cabível. Nessa área da existência humana, as diversidades associam-se entre si e dançam a um ritmo paradoxal, formando uma bela coreografia. Espírito e matéria, sagrado e profano, reverência e humor, fé e dúvida, Céu e Terra, Deus e o Homem.
A aparente contradição entre esses termos diminuem com o avançar dos anos e já não é mais tão simples defini-los, aliás, as “definições” transformam-se em “conceitos”. E então surgem as saudáveis questões: Onde exatamente está o limite entre o espírito e a matéria? Será que o primeiro é mesmo um espectro flutuante absolutamente oposto ao concreto? Quem pode nos convencer de que uma risada de criança, captada por nossa humana audição, ou o sorriso estampado na face de quem a gente ama, e vistos por nossos olhos, que nos dão tanto prazer, não sejam espirituais?
O sagrado, desgastadamente associado à religião, por que não enxergá-lo no cotidiano, quem nunca sentiu um sabor ou cheiro divinos, não recebeu um abraço ou sentiu o calor de outro corpo que o fez transcender? Alguém tem coragem de dizer que isso é profano?
Reverência e humor precisam ser antônimos? Qual a razão de associar respeito a mau-humor? Será que alegria, prazer e fruição não podem nos levar à deferência muito mais do que imaginamos?
A Dúvida tem sempre que percorrer a contramão da ? Não será possível que daquela nasça esta ou que a fé renasça muito mais forte depois da dúvida?
Dá para fechar os olhos para a beleza celestial das cores combinadas do mar, areia, pedras e folhas em uma praia? De onde será que vem a expressão “paradisíaco” para nos referirmos a lugares encantadores da Terra?
Finalmente, pergunto-me se é possível dizer que Deus está distante do Homem quando me lembro da Encarnação, onde Deus desceu as escadas e encontrou-se conosco, e não sendo isto o bastante, Deus tornou-se como nós.
Com o passar do tempo e o acumular de experiências, tenho mais perguntas que respostas, e essas questões fazem aumentar em mim certezas que vão se fortalecendo e dando forma a espiritualidade que encontro em mim. Natal para mim já foi a visita do papai Noel... Já foi o prazer da ceia... Já foi a beleza dos fogos... Já foi a esperada época de férias escolares... Mas hoje é o solene encontro entre Deus e o Homem. É o memorial de celebração do Deus-Homem, do Homem-Deus que abriu as esperanças de que outras realidades também se fundam, de que o tremendo invada o ordinário, quando isso acontecer, não será para dividir novamente a História, será para marcar seu FIM.

sábado, 12 de dezembro de 2009

PERFEITA METÁFORA


MURALHAS

Desde os tempos de criança agora sei
A tua graça esteve sobre mim
Lá em casa eu aprendi a te amar
E a cada dia Fostes sendo meu

Por tantas vezes quase que eu morri
Mas tinhas muita vida pr'eu viver
E quando eu tentei fugir de ti
Fiquei sabendo o tanto que sou teu

Ah ! hoje eu sei que estavas ali
Quando eu tive que em fim me enxergar
A minha alma chorava a seu modo
Escrevendo canções para ti

Ah! me seguiste por tantas esquinas
Me guardaste nos becos sombrios
Me levaste aos porões da minha alma
Me trouxeste de volta pra casa

HOJE EU SEI QUE ESTAVAS ALI
EU VIVI ENTRE AS FORTES MURALHAS
QUE TUA GRAÇA ERGUEU SOBRE MIM
ANTES MESMO DO TEMPO EXISTIR
Stênio Marcius

Essa música belíssima traduz, com brilhantismo, uma oração interna que minha alma faz a Deus.
É desse jeito que O reconheço em minha história... em cada época, nos risos, nas lágrimas, em todos os sinuosos caminhos de minha jornada. SUA GRAÇA é essa perfeita metáfora: "MURALHA", erguida ao meu redor preservando-me sempre, é forte, imutável, constante, eterna.

Soli deo gloria

sábado, 7 de novembro de 2009

Aprendi com algumas leituras deste ano...

Amor de perdição - Camilo Castelo Branco:

1-Eu odeio Simão Botelho; ( Ainda crio uma comunidade no Orkut com esse nome!)

2- Mariana deveria ter entrado no poema "Quadrilha" do Drummond;

3- Mulheres como Teresa não existem;

As pupilas do senhor reitor- João Dinis:

1- A beleza não põe mesa;

2- Já agi feito a Margarida, aliás, me acho parecidíssima com ela;

3- Pedro devia ser "moreno, alto, forte e espadaudo";

4- Homens como Daniel fazem mulheres como eu e a Margarida sofrermos;

5- Adorei a lição do Reitor sobre jogatina;


Poemas de Gregório de Mattos:

1-Esse cara era muito louco;

2-Ainda bem que eu não o conheci, sou mulata! ;

Iracema- José de Alencar

1-"Iracema é que era mulher de verdade..."- claro descontados os exageros românticos

Senhora- José de Alencar

1-O troco que toda mulher quer um dia poder dar...


O primo Basílio: Eça de Queirós:

1- Basílio é a reunião de muita testosterona e canalhice;

2- Luísa, ah! Luísa, "Que burra! Dá zero pra ela!"

3- Mulheres como Luísa dão sentido a existência de homens como Basílio;
4- Juliana é a personagem mais realista da história;

O país das uvas - Fialho de Almeida:

1-Muito nojentas as fialhices do Fialho, naturalíssimo impressionista!

Memórias Póstumas de Brás Cubas e o conto "pai contra mãe" - Machado de Assis:

1- O gênio literário se fez carne e habitou entre nós... Ilustre mulato!"


2- Adoro as malcriações do Brás Cubas contra o leitor;


Calígula - Albert Camus

1-O calígula do Camus é uma caricatura do poder e suas consequências...

2-Todo ditador é meio Calígula;

3- P.s. Não assistir ao filme com o mesmo nome!

sábado, 25 de julho de 2009

Te vejo Poeta



Te vejo Poeta quando nasce o dia,
E no fim do dia quando a noite vem.
Te vejo Poeta numa flor escondida,
No vento que instiga mais um temporal.

Te vejo Poeta no andar das pessoas,
Nessas coisas boas que a vida me dá.
Te vejo Poeta na velha amizade,
Na imensa saudade que trago de lá.

Contudo O Poema, Tua obra de arte,
Destaca-se a parte numa cruz vulgar.
Custando o suplício de Teu filho amado,
mais alta expressão do ato de amar.

Te vejo Poeta...

João Alexandre

MILAGRE EDITORIAL



“Se um autor vindo de uma província perdida no meio de um continente desconhecido chegasse a um editor com um manuscrito escrito em uma língua misteriosa e anunciasse que a sua obra seria traduzida em milhares de idiomas e dialetos; seria lida durante dois milênios por centenas de milhões de leitores de todas as nações da Terra; inspiraria três religiões universais: o judaísmo, o cristianismo e o Islamismo além de milhares de confissões e seitas; dissesse que sua obra provocaria revoluções e guerras, e ao mesmo tempo suscitaria com semelhante intensidade, entregas místicas e heroísmos nunca vistos; que sua obra, dois ou três milênios depois de escrita, continuaria a ser vendida em todo o mercado editorial do mundo com edições de milhões de exemplares por ano (a Sociedade Bíblica do Brasil imprime 6.000.000 de Bíblias por ano); dissesse que uma enorme parte da humanidade veria nela o último recurso e uma fonte de salvação e esperança; dissesse ainda que sua obra fora escrita por Deus através de quarenta autores diferentes, que não necessariamente foram contemporâneos entre si porque conviveram ou escreveram o texto num período aproximado de 1.500 anos, e que a sua obra é uma compilação de 66 livros... e dissesse: -Este é um livro que eu quero que você imprima e venda. Você já pode imaginar que este desconhecido com um manuscrito na mão seria considerado um louco. Se um milagre é o que torna real o impossível, estamos diante de um milagre no campo da comunicação universal”
André charak - Linguísta

sábado, 13 de junho de 2009

O Sr. mercado rsrsrs

operários- Tarsila do Amaral
O Mercado é o novo fetiche religioso da sociedade em que vivemos. Antigamente, nossos avós consultavam a Bíblia, a palavra de Deus, diante dos fatos da vida. Depois, nossos pais consultavam o serviço de meteorologia: "Será que nesses dias vai chover?" Hoje consulta-se o mercado: "Será que o dólar desvalorizou ? Subiu a Bolsa? Como funcionou o mercado de capitais?" Observem na televisão os políticos diante de uma catástrofe, de um acontecimento inesperado: " Bem, vamos ver como o Mercado reage." Fico imaginando um senhor, Mr. Mercado, trancado no seu castelo e gritando pelo telefone celular: " Não gostei desse negócio aí, estou meio irado." E, na mesma hora os telejornais destacam: "O Mercado não reagiu bem diante do acontecimento."

Crise da Modernidade e Espiritualidade - Frei Betto, em O desafio Ético.

Falou tudo Frei Betto !!!!!



"... Na Idade Média as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje no Brasil, adquirem status construindo um shopping center. É curioso: 90% dos shoppings centers têm linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles, não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. Entra-se naqueles claustros, observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo acolitados por belas sacerdotizas e ao som da musiquinha do gregoriano pós-moderno. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se tem que fazer pré-datado, pagar à crédito, então sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno: " Sou um desgraçado." Felizmente, terminamos todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo sanduíche do McDonald's... Um dos fenômenos mais marcantes do neoliberalismo é que, antes, quando eu vestia essa camisa, dava valor ao tecido, humanizava o tecido por usá-lo. Hoje, ao contrário, é a camisa, com a sua griffe, que me dá valor! E meu valor é tanto maior quanto mais griffes eu ostento! Se chegar a pé à sua casa, tenho um valor; se chegar de BMW, tenho outro valor! isso é a "reificação" ou "coisificação" do ser humano.
Crise da modernidade e Espiritualidade - Frei Betto

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Queria estar errada!




Vivemos tempos em que as exacerbadas e infinitas discussões sobre religião só tangenciam o cerne da espiritualidade que Jesus comunica com os Evangelhos. Discussões sobre quem está certo, ou errado, há muito tempo perderam o propósito de divulgar A Verdade, e não passam de pretensiosas disputas de vaidades. Faltam homens e mulheres com autoridade bíblica, moral e espiritual suficiente para, ao invés de elaborarem complexas argumentações de finalidade duvidosa, unicamente lançarem luz sobre o que de fato dizem As Escrituras.
Lançar luz sobre o que dizem as Escrituras não é tarefa fácil, exige dedicação, empenho e compromisso não com convenções ou sistemas, mas com A Verdade. Está distante de ser a enumeração de versículos automaticamente decorados e arbitrariamente proferidos, como se o número de textos que de despeja em uma discussão tivesse alguma coisa a ver com a exposição da Palavra.
É preciso LER as Escrituras para as pessoas e EXPÔ-LA com temor, no sentido mais nobre do termo. As circunstâncias em que a Bíblia tem sido “usada” podem, sem exagero, ser consideradas levianas. Tanto esforço empenhado na História para traduzir A Palavra, para expandi-La, para aproximá-La das pessoas, e justamente hoje, quando temos tantos meios de divulgá-La, Ela tem estado tão escassa na TV, no Rádio ou Internet. Essa escassez não se dá pela falta de programas, muito pelo contrário, é inversamente proporcional, a abundância de programas de Rádio e TV é acompanhada pela quase inexistência da exposição da Bíblia. Lamentável! A Bíblia e os discursos religiosos modernos estão completamente desassociados, e o resultado disso é nauseante!
A Bíblia que tenho me proposto a conhecer fala sobre Justiça Social, Amor, Simplicidade, Perdão, Humildade, Fé... Contempla as relações interdependentes do ser humano com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com o ambiente. Tem princípios que destoam com o consumismo, egoísmo e egocentrismo vistos hoje nas plataformas. Não escrevo isso com orgulho, ou para me vangloriar da constatação, escrevo isso com profunda tristeza.
Como queria estar errada! Mas infelizmente, não estou.

Rosilene Ribeiro 24-04-09

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Poemas e Canções


Poemas e canções -
Leonardo Gonçalves

Poemas e canções a Deus sejam escritos,
Por todos os peritos a quem concedeu os dons,
Com toda maestria, e ardente sentimento,
Em verso, em instrumento, à pena, em cantoria

Proclamem com beleza a sua Criação
Os feitos de Sua mão, sua Glória e grandeza

Pois dEle vem a idéia, o movimento, a cor,
A rima, o tom, o amor, o sonho e a quimera.

Bendito o que se deu, aos nossos corações

Poemas e canções Aquele que por nós morreu

sábado, 24 de janeiro de 2009


ONDE ESTARIA EU?
( Canção composta por Stênio Marcius em 24/12/08)

Lá vem um homem
Saiu de um beco
Desceu a rua
Cruzou a praça
Em direção ao templo vai, ai meu Deus!
Traz um chicote nos ombros
Trançado por suas mãos
Lá vem um Deus
Vem decidido
Indignado
Zêlo incontido
Quem ousaria então cruzar seu caminho
Vai começar o juízo
E é pela casa de Deus
Voa cadeira, voa barraca,voa mesa e moeda
Passa boiada, passam ovelhas e os devotos da barganha
Corre quem vende, corre quem compra, corre quem intermedia
Mas o que foi alí orar permaneceu
Mas e eu, sinceramente onde estaria eu,
Ajoelhado e contrito ou correndo com medo de Deus?

sábado, 3 de janeiro de 2009

Animalidade humana






“Preciso de alguma coisa que me faça crescer, que me leve além da minha animalidade. Eu queria ser mais do que eu sou. Eu sou um animal, mas quero passar dessa animalidade e alcançar a humanidade”.


Iberê Camargo

Sonhos




"As pessoas não escolhem os sonhos que têm, São, pois, os sonhos que escolhem as pessoas."

José Saramago - O Evangelho segundo Jesus Cristo, p.143


Ah! os sonhos... Eternos companheiros da alma humana. Saramago na voz de Maria, mãe de Jesus disse: "...são os sonhos que escolhem as pessoas..." . Isso nos dá liberdade para pensar que os sonhos são pessoas que nos escolhem e acompanham. Na infância são uma multidão, tagarela, gritando caminhos, possibilidades. Então conforme os anos passam tornam-se precários e fugazes . A cada decepção, a cada tensão com a dura realidade, enfraquecem, ficam roucos, distantes... Mas ainda estão lá. Pode ser que alguns tenham a sorte de serem escolhidos por um daqueles grandes , insistentes. Luther King disse I have a dream!... , provavelmente era o sonho que tinha ele. Quando um sonho escolhe a gente, não temos muitas alternativas, vivemos cercados por pequenos lembretes de que fomos escolhidos por ele... Então , não adiantam os anos passarem ou as decepções virem... Ele não esmorece. Parece enviado por Alguém...


As pessoas não escolhem os sonhos que têm, são , pois, os sonhos que escolhem as pessoas...

Palavra de Deus





A Palavra de Deus ou é absoluta ou é obsoleta.
Vance Havner