sexta-feira, 24 de abril de 2009

Queria estar errada!




Vivemos tempos em que as exacerbadas e infinitas discussões sobre religião só tangenciam o cerne da espiritualidade que Jesus comunica com os Evangelhos. Discussões sobre quem está certo, ou errado, há muito tempo perderam o propósito de divulgar A Verdade, e não passam de pretensiosas disputas de vaidades. Faltam homens e mulheres com autoridade bíblica, moral e espiritual suficiente para, ao invés de elaborarem complexas argumentações de finalidade duvidosa, unicamente lançarem luz sobre o que de fato dizem As Escrituras.
Lançar luz sobre o que dizem as Escrituras não é tarefa fácil, exige dedicação, empenho e compromisso não com convenções ou sistemas, mas com A Verdade. Está distante de ser a enumeração de versículos automaticamente decorados e arbitrariamente proferidos, como se o número de textos que de despeja em uma discussão tivesse alguma coisa a ver com a exposição da Palavra.
É preciso LER as Escrituras para as pessoas e EXPÔ-LA com temor, no sentido mais nobre do termo. As circunstâncias em que a Bíblia tem sido “usada” podem, sem exagero, ser consideradas levianas. Tanto esforço empenhado na História para traduzir A Palavra, para expandi-La, para aproximá-La das pessoas, e justamente hoje, quando temos tantos meios de divulgá-La, Ela tem estado tão escassa na TV, no Rádio ou Internet. Essa escassez não se dá pela falta de programas, muito pelo contrário, é inversamente proporcional, a abundância de programas de Rádio e TV é acompanhada pela quase inexistência da exposição da Bíblia. Lamentável! A Bíblia e os discursos religiosos modernos estão completamente desassociados, e o resultado disso é nauseante!
A Bíblia que tenho me proposto a conhecer fala sobre Justiça Social, Amor, Simplicidade, Perdão, Humildade, Fé... Contempla as relações interdependentes do ser humano com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com o ambiente. Tem princípios que destoam com o consumismo, egoísmo e egocentrismo vistos hoje nas plataformas. Não escrevo isso com orgulho, ou para me vangloriar da constatação, escrevo isso com profunda tristeza.
Como queria estar errada! Mas infelizmente, não estou.

Rosilene Ribeiro 24-04-09