INFINDAVIDA
Diante do vago contorno
Diante do vago contorno
Desta minha vida,
Vejo que viver é a constante busca.
É, pela conquista, a implacável luta.
Vida, seletiva vida,
O saber é o rascunho da sabedoria.
Sinto que tudo gira, gira;
E jamais foge do vasto,
Supérfulo e infindável objetivo
Concreto e incerto,
Que foge os alcances.
Da busca considerável.
Da busca considerável.
Excede sempre o cansaço,
E a cada degrau,
Esvai-se o esforço.
Na torre do conhecimento
É o onde está o cume desta vida.
É o onde está o cume desta vida.
Perfeita, incompleta...
Nada é mais volátil
Que saber que devemos ser;
Mas infelicitadamente, não somos.
TEORIA DA RELATIVIDADE
Na minha incerta realidade,
Eu acredito.
Tua tão certa verdade,
Não permito.
Relatividade.
Você me diz não ter preconceito,
Você me diz não ter preconceito,
E me odeia por ser preconceituosa.
Qual é o seu conceito?
Não seria tua conclusão pretensiosa?
Relatividade.
Onde cabe nosso mundo?
Onde cabe nosso mundo?
Tão pequeno e obscuro,
Imundo.
No qual não vemos futuro.
Relatividade.
Sabemos achar...
Sabemos achar...
Invenções, ilusões...
Cabeças que só sabem sonhar,
Jamais põem restrições.
Relatividade.
Eu, “independentemente”, penso.
Eu, “independentemente”, penso.
Por te imitar.
Onde está o senso?
Não sei diferenciar.
Relatividade.
Tudo é relativo.
Tudo é relativo.
Saber meu.
Saber seu.
Nosso criar é criativo?
Relatividade.
Não sei se entendeu.
Não sei se entendeu.
Só sei que tudo gira,
Dentro de uma relativa teoria,
Que é afirmada e o mundo contraria...
Relatividade.
Por Alessandra Seixas, 24 anos
2 comentários:
Muito bom de se ler, Adorei!!!
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