domingo, 27 de julho de 2008

Bom de Ler...


INFINDAVIDA

Diante do vago contorno
Desta minha vida,
Vejo que viver é a constante busca.
É, pela conquista, a implacável luta.
Vida, seletiva vida,
O saber é o rascunho da sabedoria.
Sinto que tudo gira, gira;
E jamais foge do vasto,
Supérfulo e infindável objetivo
Concreto e incerto,
Que foge os alcances.
Da busca considerável.
Excede sempre o cansaço,
E a cada degrau,
Esvai-se o esforço.
Na torre do conhecimento
É o onde está o cume desta vida.
Perfeita, incompleta...
Nada é mais volátil
Que saber que devemos ser;
Mas infelicitadamente, não somos.
TEORIA DA RELATIVIDADE
Na minha incerta realidade,
Eu acredito.
Tua tão certa verdade,
Não permito.
Relatividade.
Você me diz não ter preconceito,
E me odeia por ser preconceituosa.
Qual é o seu conceito?
Não seria tua conclusão pretensiosa?
Relatividade.
Onde cabe nosso mundo?
Tão pequeno e obscuro,
Imundo.
No qual não vemos futuro.
Relatividade.
Sabemos achar...
Invenções, ilusões...
Cabeças que só sabem sonhar,
Jamais põem restrições.
Relatividade.
Eu, “independentemente”, penso.
Por te imitar.
Onde está o senso?
Não sei diferenciar.
Relatividade.
Tudo é relativo.
Saber meu.
Saber seu.
Nosso criar é criativo?
Relatividade.
Não sei se entendeu.
Só sei que tudo gira,
Dentro de uma relativa teoria,
Que é afirmada e o mundo contraria...
Relatividade.
Por Alessandra Seixas, 24 anos

2 comentários:

Felipe Aquino disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Felipe Aquino disse...

Muito bom de se ler, Adorei!!!